domingo, 16 de dezembro de 2012

Caixas de Maquiagem

Olás!!! Depois de um intervalo de alguns poucos meses (foi mal), volto a postar no blog. Posso explicar o sumiço: iniciei a confecção de duas peças ao mesmo tempo, e elas deram mais trabalho que eu imaginava... uma delas eu inclusive abandonei por uns tempos, pois começou a chover e preciso que tempo firme para que ela seque no "corredor privativo" aqui do apartamento. Me concentrei em terminar esta peça, pra ter o que postar e porque minha coleção de sombras MAC vem crescendo, tornando super necessária a conclusão das caixas!!! Lá vai:

Ganhei de uma super amiga duas caixas de mostruário de pedras decorativas (mármores e granitos). Não havia mais uso no escritório, e ela me perguntou se eu via serventia. Justo quando eu tava matutando como guardar minhas sombras MAC, que já não estavam cabendo nas minhas caixas antigas de maquiagem... me apaixonei pelas caixas assim que as vi. Olha que lindas:
Aparência das caixas antes da intervenção
Depois de um turbilhão de idéias de como revestir/pintar/modificar as caixas, optei por algo bem simples e elegante: pintar de preto e forrar o fundo com espelho. Ok, a escolha pelo espelho não veio só da elegância, mas do fato de eu ter um espelho quebrado em casa, cuja moldura está sendo recuperada (é a outra peça trabalhosa). Aproveitei a passagem do meu amado irmão caçula por BH, com um cortador de vidros, e pedi-lhe que cortasse o espelho em vários retângulos, uns nas medidas das caixas, e outros de tamanhos aleatórios, que poderão ser usados em outras aventuras DIY no futuro. As rebarbas foram pra mesma amiga dos mosaicos que recebeu as pedras.

Maninho cortando o espelho pra mim (êêê)

Medindo o espelho na caixa (pro espelho entrar já retirei as alças)

Definida a etapa dos espelhos, parti pra parte trabalhosa: retirar o acabamento das caixas (verniz) e pintar. Para remover todo o verniz das caixas, usei Pintoff. Abaixo as fases desta etapa:
Logo após passar Pintoff

Começando a craquelar - Removi os resíduos com palha de aço

Após lixar, sem nada de verniz

Retirado todo o verniz, pintei com fundo preparador, que evita que a madeira absorva a tinta de forma desigual, o que resultaria em manchas:

Com o fundo seco, lixei e parti para a etapa (interminável) da pintura. Acredito que esta etapa pareceu interminável porque eu queria que ficasse beeeeem lisinho, e lixava bem após a secagem de cada demão. Ainda não tinha feito isto com tinta preta, que sai bastante na hora de lixar. Perdi a conta de quantas demãos foram. Seguramente, foram mais de cinco. Até que eu parei de lixar e parti pra finalização.
Depois da primeira demão

Após a enésima demão, antes de limpar os metais

Após limpar os metais
Depois de retirar tinta das dobradiças e dos fechos, algumas partes de tinta se soltaram. Me virei cobrindo as falhas com caneta de retroprojetor (tá, não se usa mais retroprojetor... é a mesma caneta que escreve em CD's) preta. Apesar de ficar desigual antes da cera, depois não dá pra perceber o "jeitinho"...  Usei cera em pasta incolor (a Ingleza da lata) - É só passar uma camada bem generosa, deixar secar e depois lustrar com um tecido limpo e seco (esta etapa é cansativa, haja musculação)Abaixo, as caixas após a etapa de encerar/lustrar:

Colei os espelhos internamente com cola de contato:
Depois instalei de volta as alças:

E voilá!!! Ficaram lindas!!!

O que antes estava bagunçado:

Agora organizado! (mais ou menos... ainda quero bolar umas divisórias):



O que eu usei: - Duas caixas de madeira com alça de metal
 - Retalhos de espelho
 - Removedor Pintoff
 - Palha de aço e lixa para madeira
 - Fundo preparador (ou fundo nivelador)
 - Tinta látex preta (comprada em potinho pequeno em loja de artesanato)
 - Cera Ingleza incolor em pasta
 - Tecido para passar a cera e lustrar
 - Caneta de tinta indelével (caneta para CD)
**Detalhe: as caixas eu ganhei e o restante eu já tinha. ou seja: custo zero!**

Quando eu bolar umas divisórias (encomendar de acrílico é caro e está fora de cogitação), completo o post, tá?
E você? Vai deixar suas maquiagens preciosas rolando por aí? Bora inventar um jeito de organizar e proteger, viu???
Beijos a todos!!!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Clutch dourada!!!

Sim! O blog não é só para idéias de decoração, pois não costumo me virar só nesse assunto.
Acontece que eu fui convidada para o baile de formatura da Luíííííííííííza (ela me chama de ÉÉÉÉÉlida Wééééééééééd), e mais uma vez precisei de uma bolsa de mão, ou uma clutch, dourada. E mais uma vez não dava tempo de correr numa loja no momento que percebi a necessidade do item, e ia maaaais uma vez lançar mão de uma carteira dourada linda que ganhei das minhas primas e, maaaais uma vez (tá, parei de usar a expressão) ia sentir falta de uma alça, que deixasse minha mão livre. O que fazer??? Tá! Eu me viro! Lembrei de um cinto dourado que eu tinha feito tempos atrás e nunca tinha usado. Ele é bem grande, e tirar um pedaço, bem como roubar uma anilha de metal que o enfeita, não iria mudar o fato de que eu acho que nunca irei usá-lo mesmo... Já que ia por mãos à obra, lembrei de fotografar tudo, pra compartilhar com vocês.

O material usado:
A carteira, um pedaço do cinto, uma anilha, tesoura

para execução e cola de contato (superbonder), que
não aparece na foto.
A primeira providência foi cortar um pedaço do cinto em um tamanho que desse pra executar a alça no tamanho correto. Pra não ter erro, medi o mesmo tamanho da alça de uma clutch que uso bastante:
Foram cerca de 36cm.
Depois passei o cordão pelo anel do zíper:

Uni as duas pontas com superbonder, passando a cola e unindo as duas pontas de frente. Depois colei sobre outra parte do cordão, de forma a deixar uma alça pequenina na parte do zíper, e deixar uma alça maior para a mão. Achei difícil explicar por escrito, e não tirei foto detalhada. Como eu me viro... desenhei no cad pra compartilhar aqui. Adianto pedido de desculpas pela "tosquice", mas acho que vale a pena ficar explicadinho...

Ficou assim:

Depois que secou (cerca de 10 segundos), coloquei a anilha, dobrando a ponta da alça e forçando pra ela entrar nos dois cordões ao mesmo tempo, até chegar ao ponto onde ocorreu a colagem:

 Depois amassei a anilha com um alicate, para que ela não saia do lugar.

E ficou pronta! Na correria de ir pro baile (que aliás esteve muuuito bom), esqueci de tirar foto dela pronta! Tirei hoje... e descobri que o dourado dela tá com um "machucadinho" no laço... vou ter que me virar aqui pra achar uma forma de recuperar, afinal... é a minha única clutch dourada!!!

Bom... simples assim! Pra quem quiser transformar alguma bolsa por aí, o cordão dourado e a anilha foram comprados na Galeria do Ouvidor em BH.

Até o próximo post!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Sapateiras sob a cama

Um dos grandes dilemas femininos atualmente é: onde guardar os sapatos??? Principalmente se não há espaço para um mega closet em casa! Estava vivendo este dilema depois de vir morar no atual apartamento, e isto me deixou "matutando" uns dias... até que... Plim! Tá! Eu me viro! Resolvi ocupar o espaço sob minha velha e boa cama convencional, o que resolveria dois problemas: 1) Onde guardar sapatos? e 2) Como evitar esconder bagunças sob a cama??? Hahaha!

A solução? "Gavetas" com rodízios sob a cama! Como a pessoa que vos escreve é uma arquiteta, nada de sair encomendando gavetas de qualquer forma, sem antes calcular tudo nos seus mínimos detalhes!

Medi cuidadosamente o espaço disponível entre os pés da cama: largura, comprimento e, muito importante: a altura sob as traves da cama, para calcular todas as dimensões das gavetas. O espaço a ocupar media 184 x 75 x 25 cm. O segundo passo foi decidir a quantidade de gavetas (optei por 4) e dividir o espaço levando em consideração também o tamanho dos meus calçados.

Depois de alguns testes (juntei os sapatos de várias formas no chão) descobri qual seria a medida que permitia maior aproveitamento das gavetas. Pra facilitar a vida de vocês, compartilho que as medidas foram  45 x 70 x 16 cm - minha cama é de solteiro convencional, com 80cm de largura. Ao encomendar as caixas na fábrica de mdf, pedi que elas tivessem 45x75cm de medida INTERNA e 16cm de altura EXTERNA. Com estas dimensões, as 4 caixas lado a lado somam cerca de 182 cm, e à altura da caixa somam-se cerca de 6cm dos rodízios, deixando mais baixo que as traves da cama apenas o suficiente para puxar com conforto. Abaixo uma maquete com as medidas:

Tuuuudo decidido e calculado, encomendei as caixas numa fábrica de mdf daqui de BH, que me pediu R$45,00 por cada "caixa" (em maio/2011) e uma semana para entrega. Enquanto aguardava, providenciei o restante do material necessário:

  • Rodízios de silicone (4 por caixa - 2 com freio, 2 sem freio)

  • Parafusos de finca (vêm de "brinde" na compra dos rodízios)
  • Fundo nivelador (ou fundo preparador - prepara a madeira para receber a tinta)
  • Tinta látex branca (a mesma de pintar paredes)
  • Cera em pasta incolor (aquela Ingleza, da lata)
  • Lixas para madeira n°300 e n°400
  • Rolinho para tinta
  • Papel Contact branco (olha ele aí dinovo!)

Comecei lixando as caixas com a lixa n°300, pois mesmo que o MDF esteja novinho em folha é preciso lixá-lo para evitar que pequenas rebarbas (quase pelos) "levantem" com a tinta, comprometendo o acabamento da peça. Quem me ensinou isto e também a técnica que usei nestas caixas, foi a  Jaci Borba, grande amiga da Amoreco Boniteco em BH. Depois de lixar, ficou assim:
Depois de lixar, na foto, é igual a antes de lixar...

Uma rápida limpeza com pano úmido, para tirar o pó, e segui para a pintura, que começou com uma camada de fundo nivelador (ou fundo preparador). Deixei secar de um dia para o outro, e lixei novamente, agora com a lixa n°400. Mais uma limpeza com paninho e parti para a tinta látex, com a diluição recomendada na embalagem. Depois da primeira demão eu lembrei de tirar uma foto:

Não pintei o fundo, mais pra frente explico o porquê. A parte inversa do fundo também não pintei... por preguiça e total falta de necessidade. Foram três demãos de tinta, lixando entre elas. Para lixar, a tinta deve estar bem seca, o que torna necessário esperar pelo menos umas três horas entre demãos.

A técnica que utilizei foi a de enceramento, que é muito simples: depois de completamente seca a última demão, passei uma generosa camada de cera incolor e deixei secar. Depois dei um polimento, com uma flanela seca e limpa. É suficiente para que a superfície fique impermeabilizada e com um brilho discreto. Para utilizar esta técnica é importante usar tecidos bem limpos e preferencialmente brancos nas duas fases, para evitar manchas.

O fundo da caixa foi revestido de Contact (que sorte! a largura interna da caixa foi a mesma do rolo de Contact - 45cm), pois facilita a limpeza, já que esta parte fica em contato com a sola dos sapatos. Depois fixei os rodízios, e ficaram prontas!!!
Para facilitar o dia a dia, organizei os calçados por utilização: dia-a-dia/trabalho, tênis e rasteira (no singular... acabei de descobrir que só tenho uma!), sapatos de salto/festa, botas e chinelos. 

No começo elas ficavam lindamente organizadas, mas a aquisição de alguns (muitos) calçados me obrigou a ir modificando a posição dos calçados. Inicialmente os pares eram colocados de pé, alinhados. Cabiam cinco pares lado a lado + tres pares na frente, oito por gaveta. Depois descobri que cabia mais colocando os pares de pé, um ao contrário do outro. A gaveta de tênis ainda é mais ou menos assim:
Não desanimem... os tênis ocupam mais espaço que os
outros calçados, por isto cabem poucos.
Depois foi necessário colocar os sapatos de lado na gaveta do dia-a-dia. A gaveta de sapatos de festa tá meio bagunçada, pois não adianta colocá-los de lado... calculo que alguns pares migrarão para a gaveta de tênis. As botas não cabem todas na gaveta. Deixo duas no guarda-roupas e vou trocando-as conforme as uso. A foto abaixo mostra a primeira gaveta na posição na qual costumo puxá-la de segunda a sexta.
E vocês? Animados com a possibilidade de organização dos sapatos? Espero ter contribuído!!! Se pesquisarem pela internet, encontrarão outras soluções parecidas, utilizando gavetas velhas, decks de madeira, cama auxiliar sem o colchão, entre outras. Mãos à obra!!!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

De gaveta velha a nicho porta-papel higiênico

Juro que a ideia é fazer só um post por semana, pois pretendo publicar preferencialmente coisas com as quais eu me virei, com imagens feitas por mim, o que torna impossível postar com mais frequência... mesmo assim prometo tentar definir um dia da semana para posts novos.


O post de hoje traz minha última aventura DIY. Moro em apartamento alugado, e confesso que isto causa uma certa preguiça em investir em itens como um armário para o banheiro, por exemplo. Mas... onde colocar rolos de papel higiênico pra reposição? Não curti nenhum dos que olhei pra comprar e, arquiteta que sou, desenhei um nicho que entrou na lista de coisas a encomendar a uma empresa de mdf daqui de BH.  Eu nunca tinha tempo de ir até a fábrica, e nesse meio tempo o guarda-roupas do meu quarto veio a baixo e a proprietária mandou fazer outro. Plim! Sobraram gavetas, que estavam em bom estado. Escolhi uma delas e comecei a "projetar" bem direitinho como eu ia fazer, e dessa vez tirei bastante fotos, para que fique mais autoexplicativo .


O que usei:
Eu havia forrado a gaveta com contact
por uma questão de higiene...

  • Gaveta velha                           
  • Isopor
  • Papel Contact
  • Suporte de prateleira
  • Parafusos de "finca"
  • Prateleira de mdf
Comecei cobrindo com isopor o encaixe que a gaveta tinha para o seu trilho no guarda-roupas:
Não usei cola: cortei o isopor um pouquinho
maior e fica preso por pressão

O passo seguinte foi encapar com papel contact a prateleira, que nada mais é que um pedaço de mdf :


Segui para a parte mais "difícil": encapar a gaveta. Duas coisas são muito importantes: 1) Soltar um pouco de cada vez do papel contact (e nunca soltar todo e depois tentar colar) e 2) Usar um tecido para ir aplicando o papel contact para evitar bolhas (não passe as mãos sem um tecido, pois se a superfície for grande, surgirão calos ou bolhas).

Encapei um lado de cada vez, e por último o fundo da gaveta, com cuidado de dar um bom acabamento, principalmente nas quinas internas e externas. Ficou assim:

Depois encaixei a prateleira para marcar seu local de fixação, e logo em seguida prendi os suportes de prateleira (é possível comprar em casas de produtos para marcenaria) com parafusos de finca, com ponta afiada, que conseguimos introduzir na madeira sem necessidade de furar anteriormente.

Depois disso, fixei na parede do banheiro, coloquei os rolos de papel e uns enfeitinhos... Achei fofo! E vocês, gostaram? Espero que sim! Até o próximo post.
Difusor: a mini-leiteira com lacinho era embalagem de uma
 calcinha (Plié), coloquei  um pouco do líquido e das
 varetas do que tem no meu quarto.
*Tentei escrever e ilustrar o mais autoexplicativo possível, mas se restaram dúvidas, deixe-as nos comentários que prometo esclarecer!




quinta-feira, 26 de julho de 2012

Cômodas reformadas



Quando me mudei para o atual endereço, havia no meu quarto uma cômoda velha e cheia de broca, abandonada pela última moradora. Passei alguns minutos olhando pra ela, e notei que tinha uns traços bonitos, escondidos sob uma espessa camada de verniz extrabrilho. Mas a decisão de adotá-la entre meus pertences veio mais pela péssima divisão interna do guarda-roupas do quarto, que não caberia as minhas cositas, do que pela beleza que o móvel escondia.

Decidida a reciclar a cômoda, comecei a pesquisar em blogs o passo-a-passo para a recuperação de móveis, além de garimpar zilhares de imagens de cômodas antigas em cores berrantes, pois ainda não havia escolhido que cor teria a minha. Apesar de passar vários dias sonhando com uma cômoda amarelo-gema-de-ovo, optei por um tom fechado, que considerei ter um menor risco de enjoar em menos de um ano de uso. Foi assim que decidi por um tom de berinjela! A Maura Braga se empolgou, e resolveu pintar a dela também, de branco.

Como comentei no post anterior, descobri que as fotos que tirei pensando em algum dia escrever o blog não são  muito esclarecedoras no quesito passo-a-passo: vou me esforçar pra explicar como a transformei. Mas sem ilusões... não tenho fotos do antes!

O que usei:
  • Removedor Pintoff
  • Cupinicida em spray (usei um que se chama Pentox)
  • Lixas para madeira n° 150, 320 e 400 (quanto maior o número, mais fina a lixa)
  • Fita crepe e jornal (para evitar bagunça)
  • Espátula de metal
  • Pincel do tipo trincha
  • Rolinho de espuma
  • Fundo preparador
  • Tinta para madeira (usei Coralit)
  • Massa corrida (de parede mesmo)
  • Papel Contact branco liso
  • Aguarraz (para limpar pincel, rolinho e as mãos)
  • Máscara e luvas
Quando mandei preparar a tinta (na cor escolhida), ainda não estava disponível a tinta para madeira à base de água no sistema de fabricação da cor, o que me obrigou a optar por tinta e fundo preparador à base de solvente. Recomendo usar a tinta à base de água, pois dá menos trabalho para limpar e bem menos odor.

O primeiro passo foi tratar a madeira com o cupinicida, seguindo as instruções da embalagem, inclusive no tempo de espera antes de pintar. Vencida esta etapa, utilizei o Pintoff pra remover todo o verniz do móvel. Esta fase preferencialmente deve ser realizada ao ar livre, com uso de máscara e luvas, pois o cheiro do removedor é muito forte. Apliquei o produto com um pincel, colocando uma camada bem generosa sobre toda a área que pretendia deixar sem verniz. Após alguns minutos, o verniz vai descascando, ficando assim:

Além da madeira, removi o verniz também dos puxadores. Após o verniz "craquelar", utilizei espátula metálica para retira-lo, na madeira, e um pedaço de lixa, palha de aço, estilete e muita paciência nos puxadores. Para minha grata surpresa, os puxadores são dourados, e a madeira do tampo e das frentes das gavetas, muito bonita e resistente, sem pontos de broca. Depois que a madeira ficou seca, usei uma lixa n°150 para retirar qualquer resquício de verniz. Ela ficou assim:

Pena que a madeira linda, com cara de móvel antigo de fazenda, está somente no tampo e nas frentes das gavetas. As laterais são de pínus, e não são bonitas, o que me obrigou a completar a tarefa de pintar a cômoda. As imperfeições da madeira, como furos de broca e arranhões profundos foram cobertos com um pouco de massa corrida e lixados. Tratei de proteger o piso com jornal, e cobri os puxadores com fita crepe:


Passada esta fase, dei início à pintura. Comecei por uma demão de fundo preparador, que evita que a madeira absorva a tinta de forma desigual, o que provocaria manchas na pintura, além da necessidade de mais demãos de tinta. Deixei secar de um dia para o outro, e o resultado foi este:

Aí começam as sessões de lixamento... Chega a cansar. Usei sobre o fundo preparador uma lixa n°320. Em seguida, a primeira demão de tinta:

Foram quatro demãos, com uso de lixa n°400 entre as três primeiras. Depois de secar bem, encapei as gavetas, por dentro, com papel contact branco, para dar um acabamento melhor, além da sensação de "limpeza". O resultado pode ser conferido abaixo:

A cômoda da Maura tem uma imagem do "antes", faltando algumas gavetas, e uma do depois (que eu fiz hoje):

A dela teve os puxadores trocados.


Espero ter conseguido explicar direitinho como se faz. Quem sabe vocês se animam a recuperar ou modificar um móvel antigo? Mãos à obra!